O cuco de cabeceira marcava
4:38 da madrugada,
Escuridão fria, pele eriçada,
Pulo rápido da cama,
Janelas fechadas...
Donde viria aquele vento?
Busquei pela casa o motivo
Dei meia volta e nada.
Tudo quieto, suspiros quentes,
Inspirações profundas
Dos corpos à minha frente.
Conferi cada um agasalhando
Só eu gelada e acordada
No meio da madrugada
Perambulando pela casa
Uma habitação de tormenta ventilada.
Cobre leito jogado sobre a cama
Deitei e fechei os olhos
Cai em profundo sono
Deparei-me em outro dormitório...
No quarto bem guarnecido
Recebi em dileto amigo
Me trouxe instruções precisas
Escritos em papel de escola
O Professor bem depressa
Não me deixou falar
Sai do quarto muito rápido
Entrou em carro que o esperava
Se pôs ao volante e saiu a guiar
Olhando-o pela janela
Vi se afastar
Com os papeis em mão
O quarto passei a olhar
Tinha uma janela gradeada
Por onde a rua podia avistar
Uma porta de ferro fechada
Dando num amplo corredor
Com várias portas parecidas
Sem fim onde acabar...
A cama desarumada
Mostrava que alguem
Acabara de se levantar
Virei o rosto de repente
Na minha própria cama estava
A despertar!
Não sei se foi um sonho
Uma viagem talvez
Minha intuição me instiga
Foi a visita de um amigo cortês
No espaço de quase duas horas
Quilometros percorridos
Banco de dados trocados
Neste espaço impreciso
O que era pra fazer
Não sei, não me lembro
Esqueci
A memória da visita portanto
Me deixa a refletir
É muito mais que uma isntrução
Um caminho para seguir
O que será aquele frio gelado?
Porque a pressa para sumir?
Que assunto inspirado
Virá advir?
Fico aqui aguardando
No que puder ajudar
Farei o possível,
Se puder intervir.
Iniciado perto das 9, terminado as 10:37, sem correções. Volto depois para revisar.
Lúcia
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