domingo, 28 de junho de 2009

Vampiros



Disfarçados em belas roupagens

Ou não

Belos sorrisos

Quem são?

Sulgam, mamam, matam

Pisam os corpos

Ávidos, saciados

Pobres coitados

Alforges cheios

Peitos estufados

Virando a esquina

Pequenos farrapos

Pensam que voam

Vivem mirrados

Migalhas que roubam

São presentes doados

Partilha de coração

Conhecimento multiplicado

Vítimas são eles

Sacrificados

Imaginam-se deuses

Meros fraudários

Sempre tive contato com vampiros, por um bom tempo não os identificava, tão pouco sabia que existiam. Rezo por eles agora, mas não permito que me esgotem como antes, doar-lhe o sangue consciente é uma forma de continuar na luz sem ser depredada.Espero, sinceramente, que desejem e consigam mudar o comportamento, serão mais felizes por certo e terão o privilégio de sentarem-se à mesa como convidados de honra, não mais como usurpadores covardes.

Desafio


Homeopatia


Veneno da cura
Mitigada
Essências dos matos
Gotas sagradas
Debaixo da língua
Dosagem regrada
Conservado no brant
Disciplina a danada...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Quem sou eu?


Sou música

erudita

clássica

moderna

cifrada

para teus ouvidos atentos

sinal dos tempos

aí no teu parapeito

suspensa

admirada

Sou barulho do vento

água salgada

doce da cana

pó da estrada

o verdo do mato

o paul da jangada

sou o piso do quarto

gelado

bide e privada

a água que escorre do chuveiro

aquele sabonete

cotonete

tapete

punho de rede

sede

sentada

aí no sofá

colorido

rasgado

já fudido

melado

ficando amarelado

sou até aquele soldado

que te olhava

de lado

sem nem saber porque

tô sentada ai na escada

degrau debaixo

bem na virada

tô lá na varanda

na pia entulhada
sabão de bolhinhas

corte de faca

eu sou você

emaranhada

cólera

alegria
susto

atraso pra acordar na madrugada

pedaço de cocada

fila de espera

pedacinho de vela

...

aquela

...

acesa

numa pitada

latinha vazia

latrina

pólvora

bexiga estourada

beijo no seu coração

na picada de inseto

zumbindo

gosto de azedo

azeitona

fritada....


00.02 h Lúcia Siqueira
Espanta não, hj to inspirada

Andarilho

E saiu pela rua
vagando
sentando em toda calçada
virando lata
E falou com toda gente
fez rir, fez chorar
confortou corações
afagou ilusões
se misturou
dormiu
semeou outros seres
ensinou a ler
contou estórias
fez rimas
recitou lorotas
filosofou
se safou
contou notas
subiu ladeiras
olhou por brechas
fez montes de areias
cantou
fez novela
desenrolou um novelo
soltou passarinhos
atravessou rios
lambeu os beiços
acarinhou cães
fez lição de casa
bebeu água em caneca
quase ficou careca
guiou cegos
acenou com o chapéu
presenteou damas
fugiu de camas
lavou lenções
navegou em máquinas
visitou outros mundos
aprendeu inglês
cantou Lenon
foi a Tróia
esteve em desertos
serviu
abusou
foi em frente
gente
...
continuará a vagar
andar
ir
chegar
sair
voltar
falar
amar
viajar
rimar
...
tudo de novo muitas vezes
até o coração acalmar
entender
apaziguar
amar
amar
amar
saber do tudo o todo
ainda tem muito o andarilho
a andar

Lú Siqueira

Já morri assim


Imersa na água
Afogada
Olhando o fundo o mar
Me debati
Rezei
Desisti
Me entreguei
Não antes de pedir
Pedir perdão...
Não sei porquê
Nem onde
Imergi n'água
Afundei
Meu corpo ficou ali
Olhos vidrados
Dorso virado
Adeus, até já.

Baronesa


O farfalhar e o peso das saias
contrastava com a leveza do passo.
O rubror da face coloria a tez pálida
e o vermelho sangue delineava
a boca delicada, desenhada à pincel.
A cor dos olhos era um pedaço do mar,
refletia o céu, iluminava a terra.
Tudo nela era delicado e frágil,
aparentava sossego, pedia proteção.
O coração era terreno selvagem,
a mente insana observava...
Espírito rebelde, preso num corpo
de mulher.
Frases sonoras, dedilhadas o léu,
peças preciosas, brilhantes enegrecidos
noites de cena,
encena, acena, acena ...
Imagens refletidas em espelhos
estrelas cadentes
sopro de ventos
serpente
serpente
doce, doce, veneno...
...
forjada no fogo dos tempos
moldada
mol... mol de tudo.
Lucia 23:13 h, agora

Náufragos


Somos náufragos de nosso próprio destino
Quando inertes não o conduzimos
Deixando-o apenas ao sabor das marés
A mercê dos ventos
Sem rota traçada
Boa rosa dos ventos
Rua de estrelas
Fases da lua
Correntes marinhas
Brisas pulgentes
Tenho pelejado
Contra tempestadas
Traçando meu caminho
Âncora fincada
Faço o percurso do sol
Naúfraga dos tempos
Suspiros de vida
Estrela cadente
Renasci para tragar
Piratas de sangue
Demônios alados
Sereias sonoras
Tudo...
Me embala
Me impulsiona
Vim pra ficar
Ciclos encerrando
Auroras que rompem
Cerrados torcidos
Brisa...
Vem mar...
Lúcia Siqueira 22:41 h, hj, 26/06/08

domingo, 21 de junho de 2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Perfeição


Poste da Lua 2

Ontem a Lua estaja dependurada em um poste novamente e, num outro lugar. Quando apurei a vista imaginei a lua enforcada no poste, que não tem nada a ver de bonito, nem formado de lua a lâmpada tem. Pior, estava num lugar ilumindo.

Ilusão de ótima, ilusão de ótica, ilusão de ótica... Por que a lua estaria enforcada num poste? Doidice!

De qualquer forma...
Não sei como dizer isto, parece insano, embora não seja. Parece uma forma de dar satisfação ou uma explicação, também não entendo que seja...

Considero um registro para depois não me arrepender de não ter registrado, como já ocorreu outras vezes, não registrei e me arrependi.

Sem que eu deseje ou faça qualquer esforço para que aconteça, tenho visto imagens precisas de objetos ou seres, até mesmo sentimentos ou formas abstratas, avulsas, sem nenhuma lógica ou razão de ser.

Antes elas eram em formas de palavras, eu "ouvia" a(s) palavra(s) mentalmente e tinha voltade de escrever. Atualmente tenho visto as coisas. Tenho tentado expressá-las, colocar pra fora de alguma forma. Sinto falta de uma câmera que fotografe o que vejo, na hora que vejo. Venho na net e busco imagens semelhantes às que tenho visto, mas a "coisa" é para ser feita em tempo real e eu não posso acessar o pc no momento exato, então estou sentindo um angustia muito grande, por que fico com a sensação de que estou "atrasada" e, não estou.

É uma outra fase ou face.

Vi os vagalumes, todos. Vi a barba sendo feita. Vi a encruzilhada. Vi a fé. Como? o que significam?

Não sei e não quero me apegar a isto.

Vou registrar apenas e um dia vou entender.

Trechos estão sendo envolvidos numa névoa, difícies de sentir, estão lá, mas não podem ser "tocados".

Gira mundo, gira. O que é, há de ser, sempre.

Obrigado pela oportunidade de estar inserida nisto, mesmo eu não compreenda. De alguma forma, existe um motivo.

Obrigado.

Vagalumes


Destino!


Conforto, alegria, paz, saudade...



quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dissolução


Pureza


Simultâneidade


Suavidade


Superação!


Estas Mulheres lindas e seus códigos verbais..

Amanheci com esta pérola. Ao ler a primeira vez, vi que já conhecia. Ao ler a segunda vez, percebi que faz sentido. Ao ler a terceira vez, imaginei pq agimos assim. Ao ler a quarta vez, atualizei minha caderneta... resolvi postar, quem sabe alguém não esta precisando "decodificar" "atualizar" "relembrar" ou até mesmo "aprender" alguns significados destes...

Lúcia Siqueira

Expressões usadas pelas mulheres e seus significados:

1 - "Certo": Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas estão certas e você precisa se calar.

2 - "5 minutos": Se ela está se arrumando significa meia hora. "5 minutos" só são cinco minutos se esse for o prazo que ela te deu para ver o futebol antes de ajudar nas tarefas domésticas.

3 - "Nada": Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está acontecendo e que você deve ficar atento. Discussões que começam em "Nada" normalmente terminam em "Certo".
4 - "Você que sabe": É um desafio, não uma permissão. Ela está te desafiando, e nessa hora você tem que saber o que ela quer...e não diga que também não sabe!

5 - Suspiro ALTO: Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que frequentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que você é um idiota e que ela está imaginando porque ela está perdendo tempo parada ali discutindo com você sobre "Nada".

6 - "Tudo bem": Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. "Tudo bem" significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando você vai pagar por sua mancada.

7 - "Obrigada": Uma mulher está agradecendo, não questione, nem desmaie. Apenas diga "por nada". (Uma colocação pessoal: é verdade, a menos que ela diga "MUITO obrigada" - isso é PURO SARCASMO e ela não está agradecendo por coisa nenhuma. Nesse caso, NÂO diga "por nada". Isso apenas provocará o "Esquece").

8 - "Esquece": É uma mulher dizendo "FODA-SE !!"

9 - "Deixa pra lá, EU resolvo": Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes para um homem fazer algo, mas agora está fazendo ela mesma. Isso resultará no homem perguntando "o que aconteceu?". Para a resposta da mulher, consulte o item 3.

10 - "Precisamos conversar !": Fodeu !!, você está a 30 segundos de levar um pé na bunda.

11 - "Sabe, eu estive pensando..." : Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.. . o Armagedon chegou.

terça-feira, 16 de junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

Sorriso


Rota Migratória


Leva vento... leva...


Chuva de Prata...


Delicadeza


Tua presença todos os dias
É minha alegria
Esperança
Minha companhia
Delicadeza
Sinfonia
Obrigado.

Ciclos


Que se iniciam
Que se acabam
Que se perpetuam...

sexta-feira, 12 de junho de 2009





Dos teus olhos saem cachoeiras....


Tanta coisa pra falar
Nada que a boca possa dizer
Tudo o que o coração sente
Caminhos que a mente prescuta
Silêncios que os ouvidos escutam
Cores espalhadas pelo mar...
Confidências telepáticas
Lembranças que sangram
Certezas enuviadas
Dúvidas diamantes
Músicas antigas
Músicas novas
Caminhos andados
Caminhos a percorrer
Manhãs ensolaras
Outras manhãs e entardecer...
O que veem estes olhos tão tristes?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

domingo, 7 de junho de 2009

Para Aurélio

"Sorry
Tracy Chaoman

Is all that you cant say
Years gone by and still
Words dont come easily
Like sorry like sorry
Forgive me
Is all that you cant say
Years gone by and still
Words dont come easily
Like forgive me forgive me
But you can say baby
Baby can I hold you tonight
Maybe if I told you the right words
At the right time youd be mine
I love youIs all that you cant say
Years gone by and still
Words dont come easily
Like I love you
I love you"

Meu amigo, foi muito bom estar com vc estes dias, muito obrigado pelas horas, pelas risadas e pelas recordações. Como vc bem disse, o espírito não pode envelhecer, tem que evoluir porque é eterno. Abração Ribeiro!

Sem pé nem cabeça

O estampido foi horrível, o primeiro impacto me fez pensar que alguém tentava invadir a casa. O barulho de vidro estraçalhado me fez gritar desesperada.

A primeira lembrança que me veio foi a de Pedro, que não estava em casa naquela hora.

Incrível como o pensamento é rápido, entre o primeiro e o segundo estampido, que aconteceu em curtíssimo tempo, imaginei primeiro alguem quebrando os vidros da porta e em seguida se não era Pedro que entrara em casa e deixara cair alguma coisa no chão.

Desci as escadas correndo quando ouvi o segundo estrondo e mais estilhaços de vidro voaram pela cozinha. Os cães não latiram, o que era estranho. Olhei da porta os cacos pelo chão e gritei, perguntando quem era, enquanto ia em direção à porta, que não demostrava nenhum sinal de arrombamento e estava trancada a chave e com o cadeado fechado.

Que surpresa... uma das prateleiras suspensas do armário de canto atras da porta havia rompido... como? um dos jacarés de ferro que a mantinha presa e suspesa estava quebrado... como? como um peça daquelas se quebra sozinha, se parte ao meio, sem nenhum esforço, se ela esta cravada entre duas outras peças e não é resposanvel pela segurança da peça de vidro temperado, grossa daquele jeito, não existe lógica alguma no fato.

Outra coisa? os cães não latiram. Não sairam do lugar, não foram espiar. Luna nem levantou a cabeça, Rita não rosnou e Jacki não veio xeretar a porta, nem quando a abri para varrer os cacos...

Fazem dias isto e sempre olho a peça, que fiz questão de deixar no mesmo lugar. Troquei o vidro mas não troquei a peça, simplesmente pq ela não segura o vidro, não interfere na segurança da peça e simplesmente alguma coisa me diz que ele vai se recompor... como? não sei.

Aquela prateleira foi retirada do lugar e jogada no chão. O jacaré foi quebrado deliberadamente. O corte do ferro é perfeito. Ele quebrou por cima, aquilo so seria possível fora do local onde esta, não há possibilidade de se romper, mesmo fazendo força, teria que quebrar os outros dois que estão posicionados nas laterais e não existe forma disto acontecer, os dois deveriam quebrar antes dele se romper... minha taça quebrou... quebrou a minha taça, era aquilo que queriam quebrar... tudo bem...

Agora começei a ouvir vozes e a ver os faixos de luz, como se fossem laser, eu sei, para chamar a minha atenção. Pedro continua ouvindo vozes no quarto e raramente dorme nele, a sala de televisão virou seu abrigo.


E A PORRA DESTE TEXTO VAI SER ESCRITO NEM QUE EU LEVE MAIS MIL HORAS, PORRA! e refaça todas as palavras de forma aque alguem possa entender, porque EU NÃO ACEITO ESTA DISLEXIA TEMPORARIA QUE TROCA AS LETRAS. EU SEI O QUE EU TO ALANDO, MERDA.
Eu sou o brilho dos teus olhos ao me olhar
Sou o teu sorriso ao ganhar um beijo meu
Eu sou teu corpo inteiro a se arrepiar
Quando em meus braços você se acolheu
Eu sou o teu segredo mais oculto
Teu desejo mais profundo, o teu querer
Tua fome de prazer sem disfarçar
Sou a fonte de alegria, sou o teu sonhar
Eu sou a tua sombra, eu sou teu guia
Sou o teu luar em plena luz do dia
Sou tua pele, proteção, sou o teu calor
Eu sou teu cheiro a perfumar o nosso amor
Eu sou tua saudade reprimida
Sou o teu sangrar ao ver minha partida
Sou o teu peito a apelar, gritar de dor
Ao se ver ainda mais distante do meu amor(Refrão)
Sou teu ego, tua alma
Sou teu céu, o teu inferno a tua calma
Eu sou teu tudo, sou teu nada
Minha pequena, és minha amada
Eu sou o teu mundo, sou teu poder
Sou tua vida, sou meu eu em você


Meu Eu em Você
Victor e Leo
Composição: Victor Chaves

A pedido

Jeito de mato
Paula Fernandes


De onde é que vem esses olhos tão tristes?
Vem da campina onde o sol se deita
Do regalo de terra que o teu dorso ajeita
E dorme serena, no sereno sonha
De onde é que salta essa voz tão risonha?
Da chuva que teima, mas o céu rejeita
Do mato, do medo, da perda tristonha
Mas, que o sol resgata, arde e deleita
Há uma estrada de pedra que passa na fazenda
É teu destino, é tua senda, onde nascem com as canções
As tempestades do tempo que marcam tua história
Fogo que queima na memória e acende os corações
Sim, dos teus pés na terra nascem flores
A tua voz macia aplaca as dores
E espalha cores vivas pelo ar
Ah..Ah...Ah
Sim, dos teus olhos saem cachoeiras
Sete lagoas, mel e brincadeiras
Espumas ondas, águas do teu mar
Ah..Ah...Ah...Elaia


Pronto meu Amigo, ai tua música.