sábado, 13 de setembro de 2008

A peça

Espetacular é o que tenho para registrar. Semente, um bela semente.

13/09/09

O medo é uma coisa estranha e faz agente fazer besteira. Que fique registrado: vá as favas meu bom e velho amigo, quando quizer falar comigo tem meus telefones, meus e-mails, meu endereço, se há realmente alguma coisa tão "importante" para me falar, ligue, venha aqui ou mesmo pelo msn diga logo, este "segredo" que não existe já esta me enxendo o saco. E, se minha intuição não me falhar, vc vai ter problema logo logo com isto. Como eu tenho uma grande admiração por vc, um grande respeito por sua companheira e, principalmente, um bom faro para encrencas, vou lhe fazer o favor de não responder suas mensagens, assim preservo nossa amizade, que muito considero.

"Arrevuá" risos.

10.09.08

Era uma sala, sala de aula, nela eu vi muitos dos meus amigos e conhecidos, com as caras deles mesmos. Fiquei surpresa com os rostos, gentes que ha muito eu não via e de todos os tempos, de hoje, de ontem e até alguns que ja morreram.

O professor fala sobre alguma coisa, não era uma aula convencional nem uma sala de aula convencional, mas tenho certeza que estamos ali recebendo orientação.

O semblante do professor não me era estranho, mas não consegui distinguir quem era. Tinha uma barba rala, ja esbranquecida e uma serenidade tamanha que enchia-me de paz;

Fiquei perplexa olhando tudo em volta por algum tempo, até que ele se dirigiu a mim. Perguntou-me alguma coisa, não me lembro o que. Respondii com outa pergunta cujo teor também não sei o que era.

Me chamou para uma mesa e tirou de uma caixa, um aparelho, como se fosse uma televisão, de tela concova e bem fina. Me disse olhe!

Eu não enxergava direito o que ele me mostrava, a princípio, as imagens estavam como que embassadas, percebi depois que voltei, que eu estava olhando para uma dimensão diferente da que estou acostumada e a forma de olhar estava desfocada pela falta de uso.

A imagem vinha de cima, como a foto de um satelite, fui entrando dentro da tela concova e pairando no ar, embora estivesse fora da imagem, é assim mesmo esquisito. Ele foi me guiando, vi os desertos do oriente médio. Como eu seu que era o oiente médio, eu não sei, riso, só sei que era. Vi os desertos, as dunas, e algumas arvores rariadas, aqui e ali, que derepente eram muitas, eu ja estive naquele lugar antes, não daquele jeito....

As arvores form formando uma mapa, parecendo ligadas entre elas, e, maravilhosamente, eu estava percorrendo os tempos!!

Ele me mostrava tudo com paciencia e respondia as minhas perguntas, e foi tão rápido, tão rápido e maravilhoso, ficamos sob uma árvore, em um tempo muito primitivo, olhando uma "terra" muito diferente do que vejo hj em qualquer lugar em que eu ja fui e que ja visualizei pela tv ou em fotos.

Ficamos ali e não eram necessárias palavrs, tudo estava em minha mente, como lembranças esquecidas ou guardadas. Lembrei, o tempo não existe, tudo é plano, como naquela tela torta eu via, tudo junto, todos os tempos, todas as gentes.

Não entendo ainda a missão, ela não esta concluída. Todas aquelas pessoas fazem parte disto, as que eu identifiquei e aquelas com que ainda não me deparei, mas elas estão por ai, esperando para fazer contato.

Não existe tempo, não existe espaço, o que não existe mais? o que existe de fato?

Retornei muito cansada, sem encaixar-me em mim de forma correta. O início do dia foi todo em camera lenta e apenas alguns flexes do que vi me vinham a mente. Não esqueci a viagem, queria escrever e todos os momentos eu refazia a viagem acordada para não esquecer dela.

Acredito que a partir de agora, ela va sumir da minha mente atual, pq através deste escrito, poderei revive aquele sonho.

Minha alma esta em paz, como em concerto. A lua esta linda aqui sobre a minha cabeça e um vento fresco sopra pelo quintal que tem cheiro de terra molhada.

Tem algum lugar onde preciso estar, pessoas com quem preciso estar, tem coisas das quais preciso me lembrar, tem uam missão para eu cumprir, para mim mesma.

Na água, as coisas estão se tornando mais clarass, naquela quietude azul que tanto me amedontrava. A respiração melhorou muito e o corpo não fica tão desengonçado.

Meu tempo esta acabando e tudo esta se esclarecendo. É uma coucha de retalhos que percisa ser estendida e vista por inteiro.

Durante a semana fiz meus exames, várias vezes pelos corredores do hospital enxerguei olhos mortos, rostos abatidos, a dor pairando no ar. A dor também me acompanha, esta aqui comigo agora, mas ela é passageira, tudo é passageiro.

A fresca da noite me abriga, a certeza do encontro me conforta, a sabedoria do tempo me guia, me alegro por tudo que esta em minha volta, obrigado, obrigado, obrigado, por me guiar.

Sou uma filha teimosa, sou um ser irriquieto, sou uma viajante dos tempos e dos espaços que não existem da forma que concebo.

Tenho percebido almas perplexas, amigos se debatendo, medo, confusão, tenho visto vícios, tenho percebido modos repetitivos, como os meus, muitas vezes.

Que bom aprender. Que dom maravilhoso poder enxergar, mesmo desfocado. Que bom estar aberto para a loucura da vida.

Aquela tela me levou para outros mundos, para outras terras, para outros tempos... que estão todos aqui guardados no meu coração, absta fechar os olhos e respirar... respirar além... ir além... muito além do que eu posso entender, buscar ou saber.

Obrigado.