Surgiram do meio do nada, acabávamos de sair do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales. Deitados na beira da estrada, no canteiro de uma curva larga, me assustaram. Acreditei que tivesse ocorrido um acidente, aquele amontoado de corpos, quando o ônibus parou de repente. Entraram em grande alvoroço os escoteiros chilenos, rostos avermelhados pelo frio que fazia lá fora.
Eram dezesseis, acompanhados de um casal escotista. As marcas nos braços de algumas moças indicavam que ficaram no local tempo suficiente para serem alvo dos mosquitos do lugar. Moças e rapazes risonhos, poucos uniformizados, todos com o lenço do grupo à mostra, presos nas mochilas, envoltos no pescoço, até mesmo servindo de banda para os cabelos, espalharam-se pelo coletivo, provocando um grande burburinho.
Com a transcorrer da viagem se acomodaram e aquietaram até a chegada da fronteira. Brincaram com o cão farejador da aduana, sem ligar para a cara feia do gendarme argentino, não acredito que fariam o mesmo se fossem os carabineiros chilenos...
De volta à estrada, a quietude no interior do ônibus delatava o estado de cansaço geral. Sono leve sono, sono que faz sonhar...
Um cheiro forte do alho frito bolinou comigo, me despertando de algum lugar distante por onde morfeu me levara para passear... que tinha a ver aquele aroma inebriante, quente e gostoso com aquele trecho da estrada??
Na fileira de bancos oposta à minha, um jovem casal da tropa cochilava displicentemente abraçado e, sorria. Ombro acolhedor aquele, inocência sem volta. Já vivi isto...
Mas à frente a turma desceu ruidosa, garoava fininho. Mochilas e mais mochilas, sorrisos, gritos, abraços, pulos, caras de sono infantil, a farra seria agora nas barracas do camping. E viva os escoteiros chilenos!
Que tinha a ver aquele aroma inebriante, quente e gostoso com aquele trecho da estrada?? Não sei, quem sabe saudade...
13/01/2008
Cruze dos Lagos
Eram dezesseis, acompanhados de um casal escotista. As marcas nos braços de algumas moças indicavam que ficaram no local tempo suficiente para serem alvo dos mosquitos do lugar. Moças e rapazes risonhos, poucos uniformizados, todos com o lenço do grupo à mostra, presos nas mochilas, envoltos no pescoço, até mesmo servindo de banda para os cabelos, espalharam-se pelo coletivo, provocando um grande burburinho.
Com a transcorrer da viagem se acomodaram e aquietaram até a chegada da fronteira. Brincaram com o cão farejador da aduana, sem ligar para a cara feia do gendarme argentino, não acredito que fariam o mesmo se fossem os carabineiros chilenos...
De volta à estrada, a quietude no interior do ônibus delatava o estado de cansaço geral. Sono leve sono, sono que faz sonhar...
Um cheiro forte do alho frito bolinou comigo, me despertando de algum lugar distante por onde morfeu me levara para passear... que tinha a ver aquele aroma inebriante, quente e gostoso com aquele trecho da estrada??
Na fileira de bancos oposta à minha, um jovem casal da tropa cochilava displicentemente abraçado e, sorria. Ombro acolhedor aquele, inocência sem volta. Já vivi isto...
Mas à frente a turma desceu ruidosa, garoava fininho. Mochilas e mais mochilas, sorrisos, gritos, abraços, pulos, caras de sono infantil, a farra seria agora nas barracas do camping. E viva os escoteiros chilenos!
Que tinha a ver aquele aroma inebriante, quente e gostoso com aquele trecho da estrada?? Não sei, quem sabe saudade...
13/01/2008
Cruze dos Lagos
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